2001

A Oficina de Dança e Expressão Corporal surgiu como desdobramento do Coral Cênico Cidadãos Cantantes (criado em 1992), tendo início no ano de 2001 no Centro Cultural São Paulo - CCSP, liderado  pela doutora em Psicologia Social pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo - IPUSP  Tatiana Bichara (Que coordenou os encontros até 2016) O trabalho sempre foi feito como forma de resistência e inclusão, ocupando os espaços públicos e oferecendo arte e saúde com muito carinho e dedicação. Mesmo enfrentando muitas dificuldades, para continuar existindo sem o patrocínio ou verba do poder público, por 15 anos a ODEC se manteve firme sob sua coordenação.

As atividades desenvolvidas pelo grupo ainda hoje se inserem no contexto da luta antimanicomial e, dessa forma, são orientadas pela inclusão e acesso a cultura e saúde pública.

A ODEC foi indicada como melhor proposta pelo Prêmio "Milton Santos” da Câmara Municipal de São Paulo, em 2007, e dois anos depois recebeu o Prêmio “Louca Diversidade” pelo Ministério da Cultura de São Paulo. Além disso, participou do IX Congreso Internacional de Salud Mental y Derechos Humanos, em Buenos Aires.

2008

Em 2008 as oficinas passam a ser realizadas no Centro Cultural Olido, no Espaço Vitrine.

Ao sair do porão do CCSP e ir para a sala Vitrine da Dança no Centro Cultural Olido, uma nova fase se instaurou na ODEC, momento em que um grupo de frequentadores da oficina, interessados e envolvidos pelo processo que estavam vivenciando, antes com presença rotativa, passaram a comparecer em todos os encontros. Dessa forma, constituiu-se um núcleo permanente, em sua maioria composto por pessoas de classes sociais diversas e condições psicológicas variadas, que apesar das diferenças conseguiam se comunicar através do corpo e do movimento, acima de tudo, encontraram um objetivo em comum, por mais diferentes que fossem, e através da oficina encontraram uma união que parecia impossível.

2011

Essa vivência estabeleceu fortes elos entre aqueles que compartilhavam a dança, e isso permitiu uma pesquisa e análise continuada do trabalho, tanto na parte pedagógica quanto artística. Surgiram debates sobre autogestão e coordenação coletiva - modelos nos quais inspiramos os encontros até hoje. Foram realizados trabalhos da Oficina para além da Vitrine, com oficinas e apresentações em diversos pontos de São Paulo, como no Tendal da Lapa com as “Quartas noturnas”, na Casa Ecoativa, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Festival de Dança do Ninho Sansacroma, Casa Labirinto em Curitiba entre outros, incluindo locais fora do Brasil e da América Latina, como o Uruguai e Argentina.

2015

A partir dessa compreensão de coletivo e de estudo, novas ramificações de trabalho foram conduzidas pelos integrantes da ODEC, dentre elas, surgiu o Coletivo “Do Aquário ao Mar”, no qual integrantes do grupo percorreram as estradas do Sul do Brasil e Costa Uruguaia pesquisando a unidade que envolve o corpo, a mente e os sentimentos, se apresentando e oferecendo oficinas.

2017

Outra proposta desenvolvida a partir dos encontros da oficina foi o grupo CUIDA, que desde  2017 realiza semanalmente um trabalho voluntário de sensibilização do corpo com adolescentes  da ONG Projeto Curumim localizada na Favela do Moinho, região central de SP.

2018

O projeto “Família” surge agora com o propósito de oferecer sustentabilidade aos integrantes da Oficina, assim como, para os trabalhos desenvolvidos pela ODEC. O Projeto nasce da busca de um sonho que surgiu através do vínculo estabelecido entre os integrantes da ODEC, a partir da vontade comum de criar uma comunidade onde seja possível cuidar, construir relações e viver em conjunto com quem dançamos, pois é principalmente na dança que aprendemos a amar como família. O objetivo é que os integrantes tenham como se relacionar além da dança, possam trocar suas experiências e diferentes conhecimentos do mundo, tenham onde morar, o que vestir, se divertir, trabalhar, e tenham suas necessidades básicas supridas. O projeto busca tornar este sonho sustentável e ajudar a construirmos uma nova forma de viver seja na cidade, no campo ou na viagem.

A partir da divulgação de produtos e serviços prestados por cada integrante e pelo coletivo, pretende-se criar uma rede de trocas que viabilize os elementos humanos e materiais para a construção e manutenção dos projetos da família.

A cooperativa da ODEC surge a partir da ideia de criar uma fonte de renda mínima para alguns integrantes da oficina que se encontram desempregados e sem perspectiva. Além de oferecer aos cooperados uma forma de renda, este projeto visa também a oportunidade de divulgar a ODEC.

Confeccionamos marcadores de página personalizados, que contém uma poesia e uma arte visual de algum integrante da oficina. Fazemos a distribuição em feiras, transporte público, eventos etc… O valor recebido é dividido entre os participantes vinculados a cooperativa que trabalharam no dia. Outra porcentagem é destinada a conta da ODEC para manutenção do trabalho.

Além do trabalho dos marcadores, também oferecemos um mural virtual na plataforma do facebook para a divulgação de trabalhos realizados pelos integrantes da oficina.